Esse provérbio, juntamente com Provérbios 21.2, tratam do problema da autonomia da opinião humana. O que significa ter o direito à minha própria opinião? Segundo o texto, a opinião que temos a respeito dos nossos caminhos não deve ser usada como critério final para validar o que fazemos. Nossos olhos representam os interesses do nosso coração que, segundo Jeremias 17.9, é desesperadamente corrupto. Esta é a razão porque o provérbio correlato (21.2) substitui a expressão “pesar o espírito” por “sondar os corações”. Todavia, por que Deus nos deu olhos para ver e julgar as coisas, se não confia em nosso juízo? O texto não diz que Deus não confia em nosso juízo, mas sim que ele o monitora. Poderíamos concluir que aquele que monitora não tem confiança? Deus monitora o coração e não a nossa opinião. Ele sabe que a nossa opinião é influenciada pelo nosso coração, ou pelo de outros. Sendo o criador do coração humano, Deus seria desonesto comigo se, sabendo que houve uma “clonagem” e que o meu coração agora se encontra vulnerável ao ataque do maligno, me deixasse sofrer os prejuízos causados por um coração corrompido.
Aplicação
Não tome decisões com base apenas em comentários de pessoas que usam expressões do tipo: “pra mim está ótimo”, ou “vai por mim”, ou “eu não consigo ver nada de errado nisso”. Certifique-se de ter lido outras porções das Escrituras tratando do tema.
Daniel Santos
One Comment
Eliab Oliveira
06/15/2016 at 11:40Certamente uma ótima reflexão!