Esse provérbio contradiz o dito popular “se conselho fosse bom, não se dava, vendia-se”. O raciocínio por detrás desse dito é que não se entrega a troco de nada aquilo que tem efetivamente algum valor, logo, se alguém tanto se empenha para passar adiante alguma coisa sem custo, deve haver algum aspecto negativo que não estamos vendo. O provérbio, por outro lado, está fundamentado num raciocínio bem diferente. Os conselhos que realmente nos auxiliam são impagáveis, logo, não poderiam ser vendidos, mas oferecidos de graça e com amor. O desafio para a geração mais jovem hoje é o de conciliar “projeto” com “conselho”. É comum encontrar os que dizem: “Obrigado! Eu não preciso mais de conselho; eu já tenho um projeto”. Em certos casos, percebo que isso pode se tornar um testemunho de triunfo: “Eu sou o pai desse projeto! Ninguém me deu conselho para chegar onde cheguei”. O problema básico com esse tipo de raciocínio é que nem todos percebem a diferença entre um projeto e a sua execução. Bons projetos permanecerão nas gavetas até que seus criadores tenham a humildade e interesse de ouvir conselhos. Bons conselhos não apenas tiram os bons projetos das gavetas, mas também aperfeiçoa aqueles que não são tão bons assim. Além disso, esse provérbio nos alerta quanto ao perigo de ouvir conselho de uma pessoa apenas: o êxito dos projetos depende da participação de muitos conselheiros, especialmente quando estes são tementes a Deus.
Aplicação
Dificuldades para pedir e aceitar conselhos sobre o que você projetou é um forte indicador de fracasso. O melhor projeto dentro da gaveta é pior do que qualquer projeto que obteve êxito pelos conselhos de outros.