Estive pensando no significado de falarmos que Deus “descansou” no sétimo dia da criação. A parte óbvia dessa expressão já sabemos de longa data: Deus criou um dia para que nele a criatura tivesse um tempo para ter comunhão com seu criador. O ponto que me faz pensar mais detidamente é o momento quando Deus achou que o que ele já tinha criado era suficiente. Com o avanço da tecnologia para observação para além do planeta terra, não é difícil entender que o universo criado além do nosso planeta é infinitamente maior do que pequeno espaço dedicado para a existência humana.
Quando consideramos, então, a criação além do nosso planeta, não é fácil entender qual teria sido o limite para Deus chegar a um ponto e dizer: basta! O que eu criei já é suficiente. Por que ele não parou antes, já que a maioria das coisas que ele criou além do nosso planeta não temos como conhecer e desfrutar? O que me deixa pensando sobre isso é a motivação de Deus para parar, tendo ele a capacidade e poder de criar tudo o que quisesse. O descanso de Deus, portanto, me ensina muito sobre motivação; o que o motivou parar onde ele parou? Há pelo menos dois motivos que costumo pensar como sendo bons motivos.
Primeiro motivo: Questionar nossa falta de motivação para descansar. Se Deus que é alguém que não se cansa, não tem limite de poder e criatividade para criar, decidiu parar, qual motivo nós temos para não encontrar tempo para interrompermos nosso ciclo interminável de trabalho? Parar é uma decisão que precisamos tomar e não uma oportunidade que nos aparece de tempos em tempos.
Segundo motivo: Valorizar o propósito maior da criação. Quando Deus decidiu parar, ele não parou simplesmente por parar; ele parou para ter comunhão com a criatura que acabara de criar conforme sua imagem e semelhança. Isso não significa dizer que ele parou por nossa causa, mas sim que a sua pausa valoriza o tempo que foi dedicado para cumprir o propósito maior da criação.
Portanto, aprendamos hoje com o nosso criador: para tudo tem um tanto. Pare! Seja motivado por aquilo que motivou nosso Deus a parar: criar o tempo para a comunhão. Pense nisso.