Estive pensando, por ocasião do Natal que se aproxima, nas palavras do cântico de Maria (Lucas 1.46-55), após ficar sabendo que estava grávida do menino Jesus. Há certamente muitas coisas que Maria poderia ter dito em gratidão e reconhecimento pelo privilégio de ter sido escolhida para cumprir aquela missão, mas eu ainda me espanto com os pontos que ela resolveu destacar em seu cântico. Pensar nessas coisas me faz também pensar nas coisas que escolho para expressar minha gratidão no Natal. Considere as três coisas que Maria destacou.
Primeiramente, ela se alegrou por que Deus “atentou para a humildade”. Em um mundo onde a ostentação, o requinte e a riqueza parecem ser o palco onde comumente as grandes atrações acontecem, a escolha de Deus revelou algo surpreendente: ele está atento à humildade. Neste Natal, faça o compromisso de atentar-se para aquilo que Deus atentou, e alegre-se com isso do modo como Maria se alegrou.
Em segundo lugar, ela se alegrou por que Deus “dispersou e derrubou os soberbos”. Esse segundo motivo é uma consequência do primeiro. Ao atentar-se para a humildade, Deus acaba dispensando e derrubando os soberbos. Altivez, arrogância e soberba não ornam com singeleza e humildade da manjedoura onde o filho unigênito de Deus foi colocado. Neste Natal, desça do pedestal e curve-se diante daquele que é digno de toda honra e louvor.
Por último, ela se alegrou por que Deus “se lembrou das promessas feitas”. Tardou, mas não falhou. A promessa foi feita ao primeiro casal, Adão e Eva. Desde lá o remanescente fiel tem aguardado com esperança genuína e reverente o cumprimento dessa promessa. Séculos após séculos de rebelião, incredulidade e castigos não foram capazes de apagar de corações tementes, como o de Maria, a esperança de que Deus cumpriria a sua promessa. Receber esse cumprimento com alegria mostra que a demora não causou rancor ou desânimo.
Neste Natal, tire um tempo para refletir mais detidamente nessas coisas. Maria nos deu três grandes razões para nos alegrarmos. Pense nisso.