Não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado. (Pv 19.2)
A expressão agir de forma premeditada está frequentemente associada com práticas criminosas e atitudes reprováveis. Se alguém for acusado de ter cometido um ato criminoso premeditado, sua pena será diferente de alguém que agiu de forma impulsiva. Entretanto, esse provérbio usa o conceito de ato premeditado num bom sentido. Aquele que age de forma impulsiva e sem refletir será tratado com maior severidade do que aquele que refletiu antes de agir, ou seja, agiu de forma premeditada.
A razão para o provérbio valorizar a reflexão e condenar a precipitação é porque nossa vida segue a linha do tempo. Este tempo não pode ser reiniciado nem avançado. Tudo que fizermos ou falarmos ficará inevitavelmente em nossa linha do tempo. Porém, o pecado não consiste apenas em acumular atos impensados em nossa linha do tempo, pois alguém poderia irrefletidamente fazer uma boa ação. O principal erro apontado por esse provérbio é não refletir naquilo que poderia nos ensinar a agir de forma aceitável diante de Deus e dos outros; isso é o pecado. Especialmente no livro de Provérbios, o ato de refletir não é apenas uma concentração antes de agir, mas um ato contínuo de buscar a sabedoria em Deus para nosso viver diário.
Quando a nossa linha do tempo é colocada diante Deus, que não está preso ao tempo ou espaço, o impacto é muito maior. Ele vê toda nossa existência de uma vez só. Além disso, ele pagou por toda nossa existência de uma só vez.
Aplicação
Nossa vida não andará mais rápida se formos precipitados, mas ela será grandemente abreviada se nossa precipitação nos fizer pecar contra Deus.
Daniel Santos