Estive Pensando 18

Estive pensando naqueles que tiveram o privilégio de contemplar a cena daquela manjedoura, onde colocaram o nosso Senhor no seu primeiro dia de vida. Que cena maravilhosa deve ter sido. A ocasião despertou a atenção e curiosidade de visitantes cósmicos, os anjos, visitantes distantes, os magos, e visitantes da redondeza, os pastores. São grupos diferentes, com interesses diferentes e que souberam do ocorrido de maneira diferente.

Os anjos trouxeram a perspectiva cósmica para aquela cena, ao cantar: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lc 2.14). Para seres que não habitam o planeta terra, a expressão “maiores alturas” faz-nos pensar num vasto universo que foge à percepção humana, mas é habitado pelos que conheciam e aguardavam o nascimento daquele menino. Esses sabiam sobre essa cena desde o princípio; eles acompanharam o testemunho da Lei, dos profetas e os salmos sobre esse grande dia.

Os magos trouxeram a perspectiva mais ampla, mas restrita aos que moravam no planeta terra. Eles vieram de regiões muito distantes geográfica e culturalmente falando. Nem a distância nem as diferentes cosmovisões foram capazes de fazê-los desistir desse grande privilégio de vir, contemplar e adorar o rei dos judeus nascido em Belém. Os magos ficaram sabendo antecipadamente por meio dos escritos sagrados dos judeus que, de alguma forma, chegou até eles. Eles seguiram as orientações dos profetas com diligência e fé e alcançaram o que buscavam.

Os pastores trouxeram a perspectiva mais restrita daqueles que já estavam por perto e conheciam a região de Belém. Diferente dos dois grupos anteriores, os pastores foram informados naquela noite sobre o ocorrido por meio de um anjo. Não sabemos se eles já tinham conhecimento das promessas messiânicas feita pelos profetas, mas sabemos que foram pessoas prontas para responder imediatamente ao anúncio que lhes fora dado.

Veja, então, que as visitas ilustram um interesse vasto e variado sobre o que aconteceu naquela manjedoura. Tanto os que aguardaram desde início dos tempos, quanto os que ficaram sabendo naquela noite, o privilégio é o mesmo: contemplam o dia em que o Deus eterno se fez carne e habitou entre nós. Os que viram deixaram o testemunho de que viram a sua glória e que a sua glória era como a do unigênito do Pai. Hoje podemos ver algo que dois desses três grupos não viram, o princípio do reino eterno do menino Jesus entre nós. Esse é igualmente um grande privilégio. Pense nisso.

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Professor, pesquisador e pastor. Amo ouvir, refletir e divulgar boas ideias. Creio, sigo e sirvo o Deus que se revelou nas Escrituras do Antigo e Novo Testamentos.

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